Em menos de uma semana Itu registrou dois casos de violência doméstica. Na noite de segunda-feira (17) uma mulher de 29 anos passou momentos de apuros após seu companheiro, um homem de 42 anos, agredi-la na frente dos filhos menores. O caso aconteceu em uma residência na Rua Atílio Ianne, Vila Ianne, em Itu.
Segundo consta no boletim de ocorrência, a vítima relatou que o indivíduo chegou bastante alterado do trabalho e ela pediu que ele parasse de beber. Revoltado, o homem quebrou uma televisão, um celular e passou a espancá-la. A jovem ficou com hematomas no pescoço e em um braço. Ao perceber que ele pegou uma faca, a vítima conseguiu se desvencilhar e ligou imediatamente para a Polícia Militar.
Quando a equipe chegou ao local, o acusado negou as agressões e estava bastante nervoso. Foi necessário o uso de força moderada para contê-lo. O indiciado foi levado para a delegacia e lá foi ratificada a voz de prisão baseada na Lei Maria da Penha.
Outro caso havia sido registrado na sexta-feira (14), no Santa Laura, em Itu. Neste caso uma mulher foi resgatada de cárcere privado dentro de uma residência. A vítima enviou uma carta com pedido de socorro no caderno de seu filho. Ao ler, a professora avisou a Delegada Dra. Márcia Pereira Cruz, que solicitou que equipes da Guarda Civil Municipal (GCM), composta pelos guardas William, Reinaldo, Walter e Anderson, se deslocassem até o local.
Chegando lá, os agentes se depararam com um local em condições precárias: sem alimentos e insalubre. A vítima apresenta sinais de desidratação e raquítica. Ao perceber a chegada das viaturas, o indivíduo, um homem de 38 anos, correu para perto da mulher. A vítima relatou que teve a ideia de enviar a carta pela criança, pois não aguentava mais as sessões de torturas físicas e psicológicas.
A mulher era agredida com muita frequência na frente dos filhos, sendo duas crianças de aproximadamente dez anos e um bebê de um ano e meio. Ela disse em depoimento, que havia registrado um boletim de ocorrência contra o marido, mas nada foi resolvido.
O homem a impedia de ter contato com familiares e vizinhos. Durante a elaboração do boletim de ocorrência, as crianças ficaram brincando na “Sala Rosa”, ambiente criado para o atendimento de mulheres vítimas de violência doméstica. O acusado foi levado para a delegacia e permanece à disposição da justiça. Parabéns à professora e aos guardas pela iniciativa. Vidas foram resgatadas.
(Por Rick Caetano)