O clima seco e a escassez de chuvas propiciaram diversos focos de incêndio nas cidades de Indaiatuba, Itu e Salto. Somente nos primeiros meses de 2024, foram 1.299 focos segundo dados apresentados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o que representa mais de 200 casos por mês.
E além dos problemas ambientais, os focos de incêndio também causam danos na rede elétrica. Nos primeiros seis meses deste ano, foram 57 ocorrências nas três cidades, um aumento de 338% em relação ao mesmo período do ano passado, quando houve 13 casos de interrupção no fornecimento de energia.
Salto foi a cidade com mais danos na rede elétrica, segundo a CPFL, concessionária responsável pelo fornecimento de energia. Foram 22 interrupções de energia elétrica, contra apenas 2 no mesmo período do ano passado. Em Itu foram 18 casos de interrupção no fornecimento; e em Indaiatuba, 17.
Segundo o consultor de relacionamento da CPFL Piratininga, José Relson de Oliveira, as chamas não precisam atingir a fiação para causar danos ou interferências, já que o calor do fogo gera um campo ionizado ao redor da fiação, podendo provocar curtos-circuitos e desligar as linhas ou até rompê-las, interrompendo o fornecimento.
“As queimadas, muitas vezes provocadas de forma criminosa ou para preparar terrenos agrícolas, são impulsionadas pelos ventos e têm efeitos agravados quando atingem linhas de transmissão e redes de distribuição de energia. Isso ocorre tanto em áreas rurais quanto urbanas. Além disso, incêndios podem ser gerados a partir da queima de lixo ou pontas acesas de cigarros jogadas próximas a vegetação seca”, explicou.