Governo Federal estuda retorno do horário de verão

O Governo Federal considera uma possibilidade real o retorno do horário de verão. A possibilidade será discutida pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e a Secretaria Nacional de Energia Elétrica (MME) junto ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

O objetivo do retorno do horário de verão é melhorar o aproveitamento da luz natural em relação à artificial e a consequente redução de consumo de energia elétrica no país. “O horário de verão é uma possibilidade real, mas não é um fato porque tem implicações, não só energética, tem implicações econômicas. É importante para diminuir o despacho de térmicas nos horários de ponta, mas é uma das medidas, porque ela impacta muito a vida das pessoas”, reconheceu o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira.

A decisão em adiantar os relógios em uma hora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste entre a primavera e o verão ajuda a reduzir o despacho de usinas térmicas nos horários de pico de consumo, entre 18h e 21h, mantendo o equilíbrio do setor elétrico brasileiro com segurança energética.

O ministro afirmou que é necessária a geração de energia no país, porque a temperatura mundial tem subido e apresentou dados sobre o crescimento do consumo de energia. “O Brasil nunca tinha consumido, antes de setembro deste ano, 105 gigawatt [GW] em uma tarde. A média é 85 GW, o que demonstra que nós tivemos todos os ar-condicionados do Brasil ligados e que a necessidade de energia, cada vez, mais oscila no Brasil.”

Horário de verão

O horário brasileiro de verão foi instituído pela primeira vez pelo, então, presidente Getúlio Vargas, de 3 de outubro de 1931 a 31 de março de 1932. No Brasil, o horário de verão funcionou continuamente de 1985 até 2019, quando o governo federal passado decidiu revogá-lo, em abril de 2019, alegando pouca efetividade na economia energética.