Instituto de Indaiatuba participa de estudo sobre realidade virtual no tratamento de TDAH

O Instituto de Pesquisas Translacionais de Indaiatuba (IPCTI), do Grupo UniEduk, representará o estado de São Paulo em um estudo que analisará os impactos da realidade virtual no tratamento de pacientes com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

A pesquisa está sendo realizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e o instituto de Indaiatuba será o responsável pela coleta de dados do estudo. A pesquisa, cuja previsão de início é fevereiro de 2025, investigará como um jogo de realidade virtual, desenvolvida pela Move Sapiens, pode impactar nos sintomas de TDAH em jovens de 12 a 17 anos, especificamente na melhora da atenção e das funções cognitivas.

O diretor de pesquisa e inovação do Grupo UniEduK e CEO do InovaEduK, que faz a gestão do IPCTI, o médico Dr. Márcio Sanches, ressaltou que a ideia é mobilizar docentes e alunos, ofertando bolsas para a participação no projeto.

“Conseguimos a partir dessa parceria trazer esse estudo para Indaiatuba. É um projeto novo, uma tendência hoje em dia, principalmente quando falamos de transtornos mentais, que é incorporar tecnologia como o arsenal disponível para tratamento desse tipo de patologia. Acreditamos que teremos resultados bem interessantes, trazendo benefícios reais para os pacientes que serão acompanhados ao longo de alguns meses por esse programa”, explica.

O estudo

O TDAH influencia diretamente na atenção, no controle de impulsos e no desenvolvimento de atividades no dia a dia. A realidade virtual, conhecida por suas aplicações em jogos e entretenimento, surge com um grande potencial no campo clínico, pois permite a criação de ambientes simulados e controlados, onde os pacientes podem praticar habilidades como concentração e organização.

A pesquisa terá algumas etapas, a primeira será a seleção dos jovens participantes que contará com uma avaliação inicial realizada no laboratório. Cada jovem passará por várias sessões que incluirão entrevistas, questionários detalhados, treinamento introdutório sobre o jogo e uso de óculos de realidade virtual.

Na sequência, cada participante realizará quatro semanas de treinamentos em casa, usando o jogo sob supervisão remota da equipe de pesquisa, que fará o monitoramento do progresso e a aderência ao tratamento à distância. Por fim, haverá uma reavaliação final no laboratório para medir mudanças e progressos.

Vantagens para jovens com TDAH

A pesquisa já descreveu alguns dos benefícios esperados, entre eles está a melhora da atenção e controle inibitório que deve ser alcançada através do estimulo do jogo em exigir foco e tomada de decisão rápida. Além disso, é esperado que os participantes desenvolvam uma melhora na função cognitiva, contribuindo para um melhor desempenho em atividades acadêmicas e cotidianas. Por fim, outro benefício esperado é o impacto positivo na qualidade do sono, promovendo um sono mais reparador, essencial para a recuperação física e mental.