Os casos de dengue explodiram em nossa região nos últimos dias e tem feito, inclusive, vítimas fatais. Somando os casos registrados nas cidades de Salto, Cabreúva, Itu, Indaiatuba e Porto Feliz, são 1.877 casos (até 20 de fevereiro), conforme os dados Núcleo de Informações Estratégicas em Saúde do Estado de São Paulo.
Indaiatuba tem o maior número de casos e também a maior incidência para cada 100 mil habitantes. São 1.089 casos confirmados, o que representa 419,4 casos a cada 100 mil habitantes. Logo em sequência, Itu tem 429 casos confirmados e uma incidência de 254 casos/100 mil hab.Em Salto, são 309 casos confirmados, com incidência de 226,6 casos/100 mil hab.
Cabreúva e Porto Feliz são as cidades com menos casos na região. As cidades possuem 24 e 26 casos, respectivamente, com uma incidência média de 50 casos a cada 100 mil habitantes.
Além dos casos confirmados, quase 1.500 estão sob investigação e podem aumentar a incidência da doença na região.
Apenas uma morte foi registrada nas cidades mencionadas. Ela ocorreu em Salto e o óbito foi confirmado no dia 17 de fevereiro. Conforme a Secretaria Municipal da Saúde, a vítima é uma mulher de 44 anos. Ela faleceu no Hospital Augusto Oliveira Camargo, em Indaiatuba, porém, a paciente é residente de Salto.
Emergência
Diante dos casos, o Governo de São Paulo decretou situação de emergência em saúde pública no estado em razão da epidemia pordengue. A medida foi anunciada pelo secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva, durante reunião do Centro de Operações de Emergências para as arboviroses, na capital paulista, na quarta-feira (19).
Além disso, o Governo anunciou o aumento do financiamento para internações de pacientes com dengue. O acréscimo de 20% no teto MAC (Média e Alta Complexidade) impacta diretamente na assistência prestada pelos hospitais e unidades de saúde conveniadas ao SUS em todas as regiões do estado.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, 225 municípios paulistas já atingiram mais de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes. O decreto facilita o acesso das cidades a recursos federais e estaduais. Cada gestão municipal, a partir da análise de seu cenário epidemiológico, poderá utilizar a medida estadual para decretar emergência em âmbito local.